Jejum provoca distúrbios na saúde
Muitas pessoas relacionam o jejum com o emagrecimento ou mesmo com a religiosidade. Porém, quem não gosta nada disso é o organismo. O distúrbio alimentar é um perigo, pois aos poucos, as reservas de glicose vão se esgotando e outras fontes de energia, como proteínas e gordura, passam a ser utilizadas para que o organismo se mantenha vivo. Quando o estoque de substâncias acaba, vem as sensações de fraqueza, moleza e apatia e a dificuldade de concentração.
Em um longo período de jejum, uma alteração grave pode ocorrer, chamada hipoglicemia rebote, ou seja, a pessoa pára de produzir insulina pela ingestão de carboidratos. Segundo a nutricionista e tutora do Portal Educação, Ana Paula Leão Rossi, o jejum não deve ser inserido na rotina diária do indivíduo. “Jejuns prolongados são capazes de induzir grande desequilíbrio metabólico, perda de peso por desidratação, arritmias cardíacas e lesões neurológicas”, declara a nutricionista.
No jejum, aos poucos as reservas de glicose vão se esgotando e o organismo mobiliza as reservas de proteínas e gorduras para a produção de energia, ou seja, haverá uma adaptação para obtenção de energia através de outra via. “Assim você perde massa magra (músculo) e gordura ao mesmo tempo e quanto mais longo for o jejum, maior será a perda de massa magra e gordura”, ressalta Ana Paula e afirma ainda que “com a perda de massa magra pode ocorrer flacidez e fraqueza, além de outras alterações como anemia, dislipidemia, hipoglicemia, alterações de humor, problemas hepáticos, dentre outras doenças”.
Portanto, é necessário que o intervalo entre as refeições não ultrapasse 4 horas, realizando 5 refeições diárias: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. Dessa forma, a redução de peso será realizada de maneira saudável não acarretando prejuízos à saúde.
O jejum também pode ser associado ao exercício físico. Quando se pratica qualquer atividade física, a energia inicial utilizada pelo organismo é o glicogênio muscular. Para o educador físico e tutor do Portal Educação, Diesi Souza Ventura, “o homem necessita de energia, isso pode ser conseguido de duas formas, as chamadas exógenas (como ex: pães e massas) e endógenas (como gorduras, proteínas e carboidratos). Quando estamos em jejum prolongado (acima de 4 horas) o organismo tentará compensar a perda com uma quebra (catabolismo) de algumas substâncias para prover energia”.
Então, imagine uma pessoa que foi dormir às 20 horas, acordou às 6 horas e foi fazer sua atividade física habitual (passou nada menos que 10 horas sem fazer ingestão de nenhum tipo de energia), o déficit de energia será enorme, podendo levar essa pessoa a uma hipoglicemia (baixa quantidade de açúcar no sangue).
“Poderíamos pensar que isso seria interessante para se perder peso, mas não é. Eventualmente, o sistema fará o catabolismo protéico (começa com a hidrólise das ligações peptídicas – proteólise – liberando os resíduos de aminoácidos unidos em pequenas cadeias – peptídeos. Para as proteínas ingeridas, a proteólise ocorre no trato gastrointestinal.), ou seja, quando não são necessários como fonte de energia, a degradação geralmente prossegue apenas para eliminar os aminoácidos em excesso - como em caso de dieta rica em proteínas, que podem ter efeitos tóxicos pela incapacidade dos animais de armazenar aminoácidos livres. Há ainda a possibilidade de degradação quando os carboidratos são inacessíveis ou não são utilizados corretamente, devido ao jejum severo ou diabetes melito”, afirma o tutor do Portal Educação.
Diesi Ventura aproveita e dá dicas. “Relembrando que o jejum pode fazer mal a sua saúde, esse tipo de procedimento deverá ser abolido de nossa rotina diária. Quer emagrecer? Primeiro procure uma nutricionista e reeduque sua alimentação, em segundo lugar, faça exercícios regulares mesclando aeróbios (andar, correr, nadar, etc.) e treinamento resistido (musculação)”, conclui.
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