sexta-feira, 3 de junho de 2011

Nutricionistas criticam Ministério da Saúde por parceria com McDonald’s

1/6/2011 15:10,  Por Redação, com RBA - de São Paulo
saúde
Autor do Big Mac, o McDonald's faz propaganda com apoio do Ministério da Saúde
A adesão da rede de lanchonetes McDonald’s a campanhas do Ministério da Saúde e sua classificação como “empresa amiga da saúde” pela pasta gerou protestos de ONGs e de especialistas em nutrição. Professores universitários da área pedem a desvinculação da pasta de “produtos e campanhas” da empresa.
Depois de aderir às campanhas, a rede de fast foods passou a estampar em suas toalhas de bandeja material educativo elaborado pelo Ministério da Saúde, junto com o lema “Amo muito tudo isso” e a marca da empresa. No verso do material, o McDonald’s também incluiu o cardápio da rede e informações nutricionais.
Por telefone e em nota, a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde esclareceu que o foco da cooperação entre o órgão e diversas empresas no país é ampliar o número de pessoas atingidas por suas campanhas. Em nenhum momento o órgão endossa práticas e condutas das empresas.
“O Ministério da Saúde mantém parceria com 384 empresas brasileiras, de diversos setores, que nos apoiam em iniciativas de promoção da saúde e prevenção de doenças. A participação destes parceiros nos ajuda a ampliar o alcance e a visibilidade de nossas campanhas informativas, mas sem implicar endosso irrestrito do ministério às práticas e condutas das empresas”, informou também em nota.
O material, entregue aos consumidores que se alimentam nas lojas da rede, contradiz a promoção da alimentação saudável e de outras políticas do governo federal, na interpretação de especialistas em saúde e nutrição humana. Para os professores da Universidade de São Paulo (USP) e membros da Academia Brasileira de Ciências, Carlos Augusto Monteiro e César Gomes Victora, acompanhados do professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), membro do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), a campanha da rede “é extremamente nociva” e induz o consumidor a pensar que seus produtos deveriam ser consumidos frequentemente.
“A própria composição nutricional do cardápio da rede McDonald’s, descrita nas toalhas, revela quão enganosa é esta campanha publicitária”, reclama a carta dirigida a Alexandre Padilha, ministro da Saúde. Segundo eles, uma refeição formada por uma combinação padrão da rede – o sanduíche Big Mac, mais uma porção média de batatas fritas, um copo médio de refrigerante e uma porção pequena de sorvete com calda – fornece dois terços do total de calorias que um adulto poderia consumir em um dia. Para uma criança, o valor representa praticamente toda a demanda de energia.
Para os professores universitários, é preciso desvincular a marca da rede de quaisquer ações do Ministério da Saúde.
– Pedimos-lhe que ordene a imediata desvinculação das marcas, programas e imagem do Ministério da Saúde do Brasil da marca, produtos e campanhas da empresa McDonald’s – pleiteiam.
Publicidade perigosa
Em outra carta ao ministro, a  Frente pela Regulação da Publicidade de Alimentos também pediu a desvinculação das marcas. “Não se justifica, em hipótese alguma, o Ministério da Saúde associar sua imagem a de empresas como McDonald’s atribuindo-lhes o título de ‘Parceiro da Saúde’, uma vez que a sua principal atividade é a comercialização de alimentos que, em sua grande maioria, fazem muito mal à saúde”, contestou a entidade.
“É necessário cuidado especial com as nossas crianças que devem crescer em um ambiente que favoreça seu máximo potencial de desenvolvimento, o que inclui a garantia da proteção contra os produtos comercializados e práticas de marketing empregadas por empresas como o McDonald’s”, discorreu a Frente.

ENQUANTO ISSO:

Médicos exigem a extinção do palhaço da McDonald's


Carta aberta também pede que a rede deixe de incluir brindes nos lanches infantis, de olho no crescimento da obesidade entre as crianças, que triplicou em 30 anos


DIVULGAÇÃO
ronald
Ronald McDonald: rede de fast food diz que mascote está a serviço do bem
CHICAGO - Centenas de médicos americanos participam de uma campanha para proibir a rede de promover seus produtos entre as crianças e forçar a gigante do fast food a eliminar seu mascote, o palhaço Ronald McDonald. A carta aberta, publicada nesta quarta-feira (17) nos grandes jornais do país, coincide com uma reunião anual dos diretores do McDonald's em Chicago, que será realizada na quinta.

Um grupo de religiosas já havia proposto que o McDonald's publicasse na ocasião um documento avaliando sua resposta às "preocupações da opinião pública a respeito da relação entre fast food e obesidade infantil". A carta dos médicos vai além e pede ao McDonald's que deixe de incluir brindes em seus "McLanches Felizes", refeições que contêm sanduíches hipercalóricos e ricos em sal, gordura e açúcar.

A carta faz parte de uma campanha conduzida pela organização sem fins lucrativos Corporação de Responsabilidade Internacional (Corporate Accountability International), conhecida por sua luta para que a marca de cigarros Camel deixe de usar seu mascote, o simpático camelo Joe.

O palhaço Ronald McDonald - que com seus enormes sapatos e cabelos vermelhos enfeita as entradas dos restaurantes da rede - tem sido usado por décadas como um simpático porta-voz corporativo.


Em um comunicado, o McDonald's defendeu seu mascote, seus cardápios e sua política de publicidade. "Como o rosto da Ronald McDonald House Charities (braço encarregado das atividades de caridade do grupo), Ronald é um embaixador a serviço do bem, que dá mensagens importantes às crianças sobre segurança, alfabetização e um estilo de vida ativo e equilibrado", redigiu a empresa. "Servimos alimentos de alta qualidade e nossos 'McLanches Felizes' propõem opções e variedade nas porções adaptadas às crianças", continuou.

A obesidade infantil triplicou nos últimos 30 anos nos Estados Unidos. Atualmente, uma criança em cada três tem

segunda-feira, 23 de maio de 2011


Médicos querem matar Ronald McDonald


Confira a notícia:

Médicos querem matar Ronald McDonald

Centenas de médicos americanos participam de uma campanha para eliminar ninguém menos que o Ronald McDonald. Além disso, eles estão pressionando a rede McDonald's para deixar de promover seus produtos entre as crianças. Saiba mais na Coluna Infoinveste!


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